Antes do crime e depois - o crime potencializado e catalisado e rede
O objetivo desta série de artigos é mostrar como agem, quem são e por quê cometer o assassinato em massa que é o tipo de crime dos atiradores dentro das escolas. Nele é colocado os crimes de maior impacto com os critérios e quantidade de vítimas que vieram ao óbito e feridos, a influência sobre crimes futuros, ou seja, o fato de serem copiados, a narrativa de justificativa deixada após o cometimento do suicídio.
O crimes de assassinato em massa vem aumentado e preocupando os estudiosos e pesquisadores tanto do catalisadores, motivação e execução de crime.
Mensalmente este canal terá artigo com o resumo do crime; históricos familiar, criminal, escolar; perfis psicológicos e criminais; julgamentos e condenações de envolvidos e dos autores, quando possível e a influência de cada um em crimes posteriores de mesma natureza, justificativa e motivação. Desta forma a sequência e cronologia dos crimes e uma clareza deste crescimento preocupante destes casos dentro das escolas.
O "Modus Operandi" dos massacres nas escolas
O modus operandi é replicado pelos autores, em que a maioria comete suicídio para da mesma forma que o anterior estudado, se torne mártir e , segundo a doença deste, alcance um "local melhor" para se viver ou "salve pessoas". os atiradores em sua maioria "copia" o que ele já estudou em rede, estes sendo o perfil do atirador em questão e o seu impacto.
Desta forma o investimento, o treino, e forma de execução do crime e o manifesto, ou carta deixada após o crime e o suicídio possui até narrativas parecidas, sugerindo até uma possível "manipulação indireta" de demais autores.
Da mesma forma o arrependimento, a vergonha, a empatia para com as vítimas, o desespero, o controle no planejamento de crime e as insinuações dias próximos do crime postados pela rede são idênticos: revoltados, humilhados, pobres coitados, vítimas, salvadores, mártir salvadores políticos e sociais,
Todos são "vítimas" nos pós-crimes, mas um "demônios sem piedade" na execução e planejamento.
O abandono familiar e isolamento social
Nas condições e fatores dos autores e os seus coautores de crimes, o clássico mentor e discípulo ou lobo solitário, o abandono familiar é certo da sua existência mediante as mentiras contadas de que os autores não eram problemáticos, não davam problemas e tinham bom relacionamento. Uma absoluta mentira em função dos sinais dados pela rede nos desabafos e menções de ódio e também pelo comportamento na escola, no bairro e entre pessoas, sempre percebido por todos próximos à convivência.
O que se vê são "reações", uma forma reativa de agir não puramente de agir. Os futuros atiradores, magoados doídos, revoltados, são despercebidos dentro de casa; desrespeitados dentro de casa; na escola quando quando notado ou informado é o fato é desconsiderado pelos familiares ou permitido pela cultura do ambiente escolar; e a falta de diálogo com a família pela falta de confiança e de proximidade faz com que os grupos extremistas, doentes, perversos, psicopatas e "magoadinhos mimados" na internet tenha mais proximidade compondo uma receita de desgraça futura.
O consolo da internet
Grupos extremistas se reúnem com vários propósitos dentre eles os religiosos, políticos e de causa e dores diversas. a aproximação entre os grupos e pessoas extremistas, mágoas e cheios de ódios iniciam-se pela assimilação e identificação em "fanpages" e grupos das redes sociais, fóruns envolvendo assuntos de terror, armas, ódio, ataques e jogos violentos e também com a prospecção angariamento de apoiadores e simpatizantes de grupos extremistas.
Estas condições e situações somadas aos fatores indicados que levam uma pessoa a buscar consolo na internet, a fato de ser ouvido, ao fato de discutir o seu ódio mágoa e desejo de vingança com o mundo, escola e família torna a internet catalisadora e propulsora dos crimes de assassinato em massa visto que o acesso aos armamentos, armas, táticas de assassinatos, a motivação do indivíduo de se espelhar e copiar nos atiradores e crimes ocorridos anteriormente. Este acesso é devido as documentações deixadas como um "manifesto" "pós morte" ou "pós crime" com o conteúdo da elaboração do crime e na sua justificação deixada pelos criminosos.
Este roteiro, repercussão da grande mídia e de alguns perfis doentes, desequilibrados e perversos na internet faz com que estas pessoas criem coragem e certeza de que o que cometerão possui um sentido posterior e para o mundo.
As articulações em movimentações em rede
As plataformas sociais, a Deep e a Dark Web anunciam a desgraça. Em 20 casos analisados, todos davam indício através de insinuações e piadinhas, e imagens da intenção do assassinato em massa e do cometimento de desgraça pública, porém como não há monitoramento; somado à descrença de que o terrível pode sim acontecer com uma pessoa próxima, um amigo ou dentro da própria escola leva ao descaso e não atenção à gravidade da questão até se tornar oficialmente um crime de proporções graves.
Comentários em fóruns de armas, terroristas somado aos perfis que esboçam fixação em desgraça, ódio e extremismo na rede social deveriam serem monitorados por uma inteligência policial e anteriormente artificial, estes dois facilitariam ao menos parte da prevenção destes grupos fomentadores de atiradores e extremismo.
Inteligência de fontes abertas e fechadas, a permissividade de denúncia anônimas permitem perfilar um possível fomentador e futuro assassinato em massa, basta poder e querer fazer.
Avisos e sinais anunciado a execução do crime
Em 84% dos casos analisados, existem fatores e situações tais como:
Abandono ou distância familiar;
Conflitos familiares graves;
Isolamento social;
A proximidade com grupos extremistas pela rede;
Indivíduo com problemas neuropsiquiátricos;
Indivíduo com problemas psiquiátricos;
Bullying sistêmico na escola;
Aceso fácil à armamentos pesados e de fácil manuseio em crimes de assassinato em massa e explosões pela rede.
Motivação, origens e catalisadores
Estes fatores somados aos motivadores e catalisadores abaixo dão o perfil do perigo eminente e pouco percebido, exceto na grande mídia após o crime:
A permissividade e cultura de agressão na escolas;
A falta de treinamento e capacitação de respostas imediatas;
O policiamento nas escolas;
O monitoramento de perfis somados ao comportamento suspeito em rede;
Penalidades duras para apoiadores, incitadores destes crimes.
Banalização dos massacres
Mesmo diante do absurdo do assassinato em massa de estudantes, funcionários e professores a banalização se configura-se nestas três condições:
A glamourização do crime citando assassinos que viram "mártir" de adolescentes passíveis de aderência à causa e na identificação da persona homicida;
Os memoriais para lembrar massacres, na ótica de possíveis homicidas com o mesmo "modus operandi", como as "Estátuas do Momento do Pânico e Terror" em Realengo;
O esquecimento em função da vida que deve ser dirigida para frente e não para trás, porém, esquecer em parte leva para o passado o ocorrido. Seguir em frente, significa deixar um pouco de lado para dar a atenção o que pode ser ressignificado. Uma situação difícil para quem perde filhos nessas condições e práticas extremistas e criminosas.
Três exemplos de massacres em escolas - comparativo
Santa Fe High School, Texas (EUA), em 2018 - 10 mortos | autor: Dimitrios Pagourtzis, 17 anos | 10 mortos e 10 feridos;
Sandy Hook Elementary School, em Connecticut (EUA) local: escola primária Sandy Hook School |2012 | 26 mortos, 20 eram crianças | autor; Adam Lanza, de 20 anos;
Oslo e Ilha de Utoya, Noruega | 22 de julho de 2011 | 77 mortos | autor: Anders Breivik;
Realengo (RJ), Brasil | ano de 2011 | 13 mortos | 7 de abril de 2011, autor: Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos | local: Escola Municipal Tasso da Silveira;
Winnenden, na Alemanha, em 2009, O jovem Tim Kretschmer, de 17 anos e iniciou um massacre que terminou com a morte de 16 pessoas.
Virginia Tech University, na Virgínia (EUA), em 2007, um estudante, Seung Hui Cho matou 32 pessoas - 32 mortos.
Beslan, na Ossétia, Rússia | autores: 30 extremistas chechenos | 300 mortos, 180 eram crianças;
Columbine High School, Colorado (EUA) , em 20 de abril de 1999 | autores: Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17 | 15 mortos;
Fujian, China | autor: médico Zheng Minsheng, de 41 anos | 8 crianças mortas e 5 feridas | ano de 2010;
Flórida - EUA | local: escola de Ensino Médio Marjory Stoneman Douglas | 14 mortos | 14/02/2018 |Nikolas Cruz, 17 mortos.
Conclusão Em todos os crimes, o mesmo "modus operandi" e tipo de crime, Assassinato em Massa, com o uso de explosivos e armas dentro de escolas com o mesmo motivador, "inspirador", incentivador e catalisador, onde a cada dia mais vem se intensificando. Um projeto no rio de Janeiro, capital inicia-se com o objetivo de promover a capacitação de profissionais multidisciplinares a fim de prever sinais de possíveis perigos nas escolas no tocante à alunos e movimentações de risco e também na execução operacional e tática em casos de massacres com atiradores dentro da escola, o projeto "Olhos Abertos". Uma iniciativa e gestão do Grupo GRI - grupo de Respostas a Ameaças Assimétricas com o apoio do Canal Wolf na divulgação e na campanha. Projetos como este devem ser olhados de forma efetiva para que se comece uma prevenção aos crimes desta proporção. A questão é que a internet afunila estas pessoas com questões e problemas graves, recebendo o seu ódio, mágoa, rancor, sede de vingança, desequilíbrio mental e poderia por registros, rastros e conteúdo deixados por eles, serem prevenidos. Acesse, siga, compartilhe e apoie: @projetoolhosabertos | ucfavilla4@hotmail.com www.gri.org.br | www.canalwolf.com
Em 07 de abril de 2023 o Governo Federal através da "Operação nas Escolas" criou o canal de denúncias. www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura
Em breve a ABCCRIM lançará a conclusão do estudo sobre atiradores coordenado pelo Criminólogo e Policial Civil do Estado de Pernambuco, Sr. Jonathan Pessoa e na qual participo. Aguarde.
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